Pesquisar este blog

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

50 - Fernando Pessoa: A flor que és, não a que dás, eu quero; Sílvio Caldas: A deusa da minha rua

Fernando Pessoa pensando sobre as aparências... a flor que és, não a que dás, eu quero. Aqui relata-se que às vezes reconhecemos no ser amado muito mais que as aparências que ele dá a perceber... que conseguimos reconhecer lá no íntimo do ser amado as potencialidades que às vezes nem ele mesmo se deu conta...


A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço?
Tão curto tempo é a mais longa vida,
        E a juventude nela!
Flor vives, vã; porque te flor não cumpres?
Se te sorver esquivo o infausto abismo,
Perene velarás, absurda sombra,
        O que não dou buscando.
Na oculta margem onde os lírios frios
Da infera leiva crescem, e a corrente
Monótona, não sabe onde é o dia,
        Sussurro gemebundo.

Música

Pensando na mulher que idealizamos, não na que necessariamente temos... e se pensarmos bem, sempre estamos com a pessoa que idealizamos. Quem cada um é, nem ele mesmo sabe...  Aqui temos Sílvio Caldas, em A deusa da minha rua... que sempre é na realidade quem queremos... não importa quem seja, importa quem sonhamos...

Sílvio Caldas: A deusa da minha rua



Nenhum comentário:

Postar um comentário