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quinta-feira, 18 de abril de 2013

109 - Drummond, Carta; Cantoria: Ai que saudade d'ocê

Nos dois últimos dias falei de cartas... Hoje Drummond fala de uma amor antigo, mas daqueles que não passa. Passam os dias, passam os anos, só não passa a saudade de você. E vejo que não sonho mais... E é uma saudade doída d’ocê, como falam os cantadores...  E pra matar essa saudade, faça como dito na canção: “Se um dia ocê se lembrar, escreva uma carta pra mim. Bote logo no correio, com frases dizendo assim: Faz tempo que eu não te vejo, quero matar meu desejo. Te mando um monte de beijo. ai que saudade sem fim.” Eu por sorte recebo algumas cartas de vez em quando... com frases dizendo “Que saudades d’ocê...” e em breve quem sabe a gente se encontre...


Drummond, Carta

Há muito tempo, sim, não te escrevo.
Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelheci. Olha, em relevo,
estes sinais em mim, não das carícias
( tão leves ) que fazias no meu rosto:
são golpes, são espinhos, são lembranças
da vida a teu caminho, que ao sol-posto
perde a sabedoria das crianças.
A falta que me fazes não é tanto
à hora de dormir, quando dizias:
Deus te abençoe", e a noite abria em sonho.
É quando, ao despertar, revejo a um canto
a noite acumulada de meus dias,
e sinto que estou vivo, e que não sonho.


Cantoria – Elomar, Geraldo Azevedo, Elomar, Xangai - Ai que saudade d’ocê

Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê
Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai que saudade sem fim
E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Você caía no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocê

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