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segunda-feira, 29 de abril de 2013

120 - Neruda: O ramo roubado; Bocelli: Tu me acostumbraste


Neruda fala da cumplicidade, entrando pela noite para roubar juntos um ramo florido. Quando depois de roubar o ramo o amor termina, a gente se acostuma com essas pequenas coisas, as coisas simples. E então, fica a pergunta “por que não me ensinaste como se vive sem ti”...

O Ramo roubado

Pela noite entraremos para roubar
Um ramo florido.
Ainda não se foi o inverno,
E a macieira aparece
Convertida, de súbito,
Em cascata de estrelas perfumadas.
Pela noite entraremos
Até chegar ao firmamento trêmulo,
E tuas mãos pequenas como as minhas
Roubarão as estrelas.
E sigilosamente
À nossa casa,
Pela noite e na sombra,
Entrará com teus passos
O silencioso passo do perfume
E com pés entrelaçados
O corpo claro desta primavera.

Tu me acostumbraste
Tu me acostumbraste, a todas esas cosas
Y tu me enseñaste, que son maravillosas
Sutil llegaste a mi como una tentación
Llenando de inquietud mi corazón
Yo no yo no concebia como se quería
En tu mundo raro y por ti aprendí
Por eso me pregunto al ver que me olvidaste
Por que no me enseñaste cómo se vive sin ti
Você me acostumou

Você me acostumou
a todas essas coisas,
e você me ensinou
que são maravilhosas.

Sutil você chegou a mim. como uma tentação
enchendo de ansiedade meu coração

Eu não compreendia como se queria
em seu mundo raro e por você aprendi
Por isso me pergunto ao ver que me esqueceste
Por que não me ensinaste como se vive sem ti


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