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sexta-feira, 26 de abril de 2013

117 - Sarah Westphal - Ainda pior que a convicção do não; Carpenters: Solitude

“Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.” Os três sentimentos descritos pela autora são muito ruins, mas concordo com a visão dela, quando diz que  “É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.” E quando isso acontece, nada ajuda, nada nos faz sentir bem, só o tempo pode talvez ajudar. Como canta Karen Carpenter, só lhe resta, pelo menos por um tempo, que varia de pessoa para pessoa, saber que “Sem o amor dela, sempre continua o mesmo. Enquanto a vida corre ao lado dele em todo lugar , ele está jogando o jogo da solidão.” E resta torcer para que ela seja feliz...

Sarah Westphal


'Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. 


Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna? Ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença do "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. 

Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.' 


Ouça a música no link abaixo:
Carpenters – Solitaire


There was a man, a lonely man,
who lost his love through his indifference.
A heart that cared, that went unshared,
until it died within his silence.
And Solitaire's the only game in town,
and every road that takes him down.
And by himself, it's easy to pretend,
he'll never love again.
And keeping to himself he plays the game,
without her love it always ends the same.
While life goes on around him everywhere,
he's playing Solitaire.
A little hope goes up in smoke,
just how it goes, goes without saying.
There was a man, a lonely man,
who would command the hand he's playing.
And Solitaire's the only game in town,
and every road that takes him down.
And by himself, it's easy to pretend,
he'll never love again.
And keeping to himself he plays the game,
without her love it always ends the same.
While life goes on around him everywhere,
he's playing Solitaire.

Solidão

Havia um homem, um homem só
Que perdeu seu amor através de sua indiferença
Um coração que se importasse, que nunca foi compartilhado
Até que morresse no seu silêncio
E a solidão é o único jogo na cidade
E toda estrada que o leva o deixa para baixo
E por ele é fácil fingir
Que ele nunca irá amar novamente
E guardando-se para si ele joga
Sem o amor dela, sempre continua o mesmo
Enquanto a vida corre ao lado dele em todo lugar
Ele está jogando o jogo da solidão
Um pouco de esperança vai-se como fumaça
E do jeito que vai, vai sem avisar
Havia um homem, um homem só
Que poderia comandar a estratégia do que está jogando
E a solidão é o único jogo na cidade
E toda estrada que o leva o deixa para baixo
E por ele é fácil fingir
Que ele nunca irá amar novamente
E guardando-se para si ele joga
Sem o amor dela, sempre continua o mesmo
Enquanto a vida corre ao lado dele em todo lugar
Ele está jogando o jogo da solidão

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