Pesquisar este blog

domingo, 7 de abril de 2013

97 - Neruda Se não fosse porque têm cor-de-lua teus olhos; Maria Betânia: Eu não existo sem você

Neruda falando dos olhos cor de lua...e neles se pode ver tudo: "vejo em tua vida todo o vivente." E Tom e Vinícius lembram que "todo amor só é bem grande se for triste..." e como o oceano só é belo com luar, com o luar dos olhos teus..., não há você sem mim, e eu não existo sem você.

Pablo Neruda

SE NÃO FOSSE porque têm cor-de-lua teus olhos,
de dia com argila, com trabalho, com fogo,
e aprisionada tens a agilidade do ar,
se não fosse porque uma semana és de âmbar.

se não fosse porque és o momento amarelo
em que o outono sobe pelas trepadeiras
e és ainda o pão que a lua fragrante
elabora passeando sua farinha pelo céu,

oh, bem-amada, eu não te amaria!
Em teu abraço eu abraço o que existe,
a areia, o tempo, a árvore da chuva,

e tudo vive para que eu viva:
sem ir tão longe posso ver tudo:
vejo em tua vida todo o vivente.

Tom e Vinícius – Eu não existo sem você
Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos me encaminham pra você
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você

Nenhum comentário:

Postar um comentário