Pesquisar este blog

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

5 - Florbela Espanca: Amar; Barber: Adágio para cordas

Poema

 Aqui a poetisa portuguesa do início do século XX fala em se jogar... em se perder... e em sempre recomeçar.

Florbela Espanca
AMAR!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mas Este e Aquele o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Música

Para acompanhar Florbela espanca, a música do dia é triste mas lindíssima... da tristeza de se perder os amores pela vida, embora haja outros a encontrar... O Adágio para cordas de Samuel Barber.

Ouça a música no link abaixo:
Adágio para cordas - Samuel Barber

Nenhum comentário:

Postar um comentário