Pesquisar este blog

segunda-feira, 8 de julho de 2013

184 - Augusto dos Anjos - Vencedor; Mercedes Sosa – Canción de las simples cosas

Augusto doa Anjos lembra que ninguém doma um coração de poeta, que Mercedes Sosa canta que fala das coisas simples...

Augusto dos Anjos - Vencedor

Toma as espadas rútilas, guerreiro,
E á rutilância das espadas, toma
A adaga de aço, o gládio de aço, e doma
Meu coração – estranho carniceiro!
Não podes?! Chama então presto o primeiro
E o mais possante gladiador de Roma.
E qual mais pronto, e qual mais presto assoma,
Nenhum pode domar o prisioneiro.
Meu coração triunfava nas arenas.
Veio depois de um domador de hienas
E outro mais, e, por fim, veio um atleta,
Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem…
E não pude domá-lo, enfim, ninguém,
Que ninguém doma um coração de poeta!

 

Uno se despide insensiblemente de pequeñas cosas,
Lo mismo que un árbol en tiempos de otoño se quedan sin hojas.
Al fin la tristeza es la muerte lenta de las simples cosas,
Esas cosas simples que quedan doliendo en el corazón.

Uno vuelve siempre a los viejos sitios en que amó la vida,
Y entonces comprende como están de ausentes las cosas queridas.
Por eso muchacho no partas ahora soñando el regreso,
Que el amor es simple, y a las cosas simples las devora el tiempo.

Demorate aquí, en la luz mayor de este mediodía,
Donde encontrarás con el pan al sol la mesa tendida.
Por eso muchacho no partas ahora soñando el regreso,
Que el amor es simple, y a las cosas simples las devora el tiempo.

Canção Das Coisas Simples

 Alguém se despede insensivelmente de pequenas coisas,
Assim como uma árvore, em tempos de outono, morre por suas folhas.
No final a tristeza é a morte lenta das coisas simples,
Essas coisas simples que causam essa dor no coração.

Alguém sempre retorna aos velhos lugares em que amou a vida,
E então compreende como se fizeram ausentes as coisas queridas.
Por isso rapaz, não partas agora, sonhando com seu retorno,
Pois o amor é simples, e as coisas simples, o tempo devora.

Espere aqui, sob essa luz forte do meio-dia,
Onde encontrarás sob o sol, o pão servido à mesa.
Por isso rapaz, não partas agora, sonhando com seu retorno,
Pois o amor é simples, e as coisas simples, o tempo devora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário