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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

287 - Pessoa: A criança que fui chora na estrada; Carmen Monarcha e Andre Rieu: O mio babbino caro

Pessoa fala da criança que foi chorando, e Carmen Monarcha, numa interpretação primorosa de O mio babbino caro, com a orquestra de André Rieu, chora ao pai...


Fernando Pessoa

A criança que fui chora na estrada. 
Deixei-a ali quando vim ser quem sou; 
Mas hoje, vendo que o que sou é nada, 
Quero ir buscar quem fui onde ficou. 

Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou 
A vinda tem a regressão errada. 
Já não sei de onde vim nem onde estou. 
De o não saber, minha alma está parada. 

Se ao menos atingir neste lugar 
Um alto monte, de onde possa enfim 
O que esqueci, olhando-o, relembrar, 

Na ausência, ao menos, saberei de mim, 
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar 
Em mim um pouco de quando era assim.


Veja o vídeo no link abaixo: 
Carmen Monarcha e Andre Rieu – O mio babbino caro


O mio babbino caro,
mi piace è bello, bello;
vo'andare in Porta Rossa
a comparar l'anello!
Sì, sì, ci voglio andare!
e se l'amassi indarno,
andrei sul Ponte Vecchio,
ma per buttarmi in Arno!
Mi struggo e mi tormento!
O Dio, vorrei morir!
Babbo, pietà, pietà!
Babbo, pietà, pietà!

O Meu Pai Querido

Oh meu paizinho querido
Eu amo-o, ele é tão belo
Quero ir até Porta Rossa
Para comprar o anel
Sim, sim, eu quero
E se o meu amor fosse em vão
Eu iria até Ponte Vecchio
E me atiraria ao rio Arno
Eu choro e sofro tormentas
Oh Deus, preferia morrer
Paizinho, tende piedade, tende piedade

Paizinho, tende piedade, tende piedade

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