Pesquisar este blog

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

480 - Charles Baudelaire - A Vida Anterior; ABBA – Our last summer (Paris night)

Ontem Londres... hoje Paris

Charles Baudelaire - A Vida AnteriorLongos anos vivi sob um pórtico alto 
De gigantes pilares, nobres, dominadores, 
Que a luz, vinda do mar, esmaltava de cores, 
Tornando-o semelhante às grutas de basalto. 

Chegavam até mim os ecos da harmonia 
Do orfeão colossal das ondas chamejantes, 
Ligando a sua voz às tintas deslumbrantes 
Da luz crepuscular que em meus olhos fugia. 

Em meio do esplendor do céu, do mar, dos lumes, 
Foi-me dado gozar, voluptuosas calmas! 
Escravos seminus, rescendendo perfumes, 

Minha fronte febril refrescavam com palmas, 
E tinham por missão apenas descobrir 
A misteriosa dor que eu andava a carpir 














ABBA – Our last summer (Paris night)

The summer air was soft and warm

The feeling right, the Paris night
Did it's best to please us
And strolling down the Elysee
We had a drink in each cafe
And you
You talked of politics, philosophy and I
Smiled like Mona Lisa
We had our chance
It was a fine and true romance

I can still recall our last summer
I still see it all
Walks along the Seine, laughing in the rain
Our last summer
Memories that remain

We made our way along the river
And we sat down in the grass
By the Eiffel tower
I was so happy we had met
It was the age of no regret
Oh yes
Those crazy years, that was the time
Of the flower-power
But underneath we had a fear of flying
Of getting old, a fear of slowly dying
We took the chance
Like we were dancing our last dance

I can still recall our last summer
I still see it all
In the tourist jam, round the Notre Dame
Our last summer
Walking hand in hand

Paris restaurants
Our last summer
Morning croissants
Living for the day, worries far away
Our last summer
We could laugh and play

And now you're working in a bank
The family man, the football fan
And your name is Harry
How dull it seems
Yet you're the hero of my dreams

I can still recall our last summer
I still see it all
Walks along the Seine, laughing in the rain
Our last summer
Memories that remain
I can still recall our last summer
I still see it all
In the tourist jam, round the Notre Dame
Our last summer
Walking hand in hand
Paris restaurants
Our last summer
Morning croissants
We were living for the day, worries far away
...



Nosso Último Verão


O ar do verão era suave e quente
A emoção exata, as noite de Paris
Faziam o melhor para nos agradar
E passeando pelo Elysee
Bebemos em cada "café"
E você
Você falava de política, filosofia e eu
Sorria como Mona Lisa
Tivemos nossa chance
Foi um romance puro e verdadeiro

Eu ainda consigo recordar do nosso último verão
Ainda vejo tudo isso
Caminhadas ao longo do Sena, risos na chuva
Nosso último verão
Memórias que ficam

Passeamos pelo rio
E sentamos na grama
Perto da torre Eiffel
Eu estava tão feliz por termos nos conhecido
Não era tempo para arrependimentos
Oh sim
Aqueles loucos anos, era a época
Do "flower power"
Mas tínhamos medo de "viajar"
De envelhecermos, de morremos lentamente
Nós agarramos a chance
Como se estivéssemos dançando nossa última dança

Eu ainda consigo recordar do nosso último verão
Ainda vejo tudo isso
No aglomerado de turistas, ao redor da Notre-Dame
Nosso último verão
Caminhando de mãos dadas

Os restaurantes de Paris
Nosso último verão
Croissants pela manhã
Vivendo o momento, as preocupações distantes
Nosso último verão
Podíamos rir e brincar

E agora você trabalha em um banco
O homem de família, amante de futebol
E seu nome é Harry
Como isso parece tolice
Você ainda é o heroi dos meus sonhos

Eu ainda consigo recordar do nosso último verão
Ainda vejo tudo isso
Caminhadas pelo Sena, risos na chuva
Nosso último verão
Memórias que ficam
Eu consigo recordar nosso último verão
Ainda vejo tudo isso
No aglomerado de turistas ao redor da Notre-Dame
Nosso último verão
Caminhando de mãos dadas
Os restaurantes de Paris
Nosso último verão
Croissants pela manhã
Vivíamos o momento, as preocupações distantes...

domingo, 7 de setembro de 2014

479 - Caetano Veloso – London, London

A sexta postagem da série cidades... A velha Londres...


Caetano Veloso – London, London
I'm wandering round and round, nowhere to go
I'm lonely in London, London is lovely so
I cross the streets without fear
Everybody keeps the way clear
I know I know no one here to say hello
I know they keep the way clear
I am lonely in London without fear
I'm wandering round and round, nowhere to go
While my eyes go looking for flying saucers in the sky (2x)
Oh Sunday, Monday, Autumn pass by me
And people hurry on so peacefully
A group approaches a policeman
He seems so pleased to please them
It's good at least, to live and I agree
He seems so pleased, at least
And it's so good to live in peace
And Sunday, Monday, years, and I agree
While my eyes go looking for flying saucers in the sky
I choose no face to look at, choose no way
I just happen to be here, and it's ok (2x)
Green grass, blue eyes, grey sky
God bless silent pain and happiness
I came around to say yes, and I say (2x)
While my eyes go looking for flying saucers in the sky

Londres, Londres

Estou vagando, dando umas voltas, sem direção
Estou solitário em Londres, Londres é amável assim
Cruzo as ruas sem medos
Todo mundo deixa o caminho livre
Sei que não conheço ninguém aqui prá dizer olá
Sei que eles deixam o caminho livre
Estou solitário em Londres, sem medos
Estou vagando, dando umas voltas, sem direção
Enquanto meus olhos Saem procurando discos voadores pelos céus
Oh Domingo, segunda, Outono, passam por mim
E as pessoas passam apressadas com tanta paz
Um grupo chega a um policial
Ele parece tão satisfeito em poder atendê-los
É bom pelo menos estar vivo e eu concordo ...
Ele parece tão satisfeito, pelo menos
E é tão bom viver em paz
E Domingo, segunda, os anos, e eu concordo ...
Enquanto meus olhos saem procurando por discos voadores no céu
Não escolho nenhum rosto para olhar, não escolho caminho
Acontece apenas de eu estar aqui e estar tudo bem
Grama verde, olhos azuis, céu cinza
Deus abençoe a dor silenciosa e a felicidade
Eu vim para dizer sim e digo
Enquanto meus olhos Saem procurando por discos voadores no céu

sábado, 6 de setembro de 2014

478 - Tony Bennet – I left my heart in San Francisco


Tony Bennet – I left my heart in San Francisco

The loveliness of Paris seems somehow sadly gay
The glory that was Rome is of another day
I've been terribly alone and forgotten in Manhattan
I'm going home to my city by the bay
I left my heart in San Francisco
High on a hill, it calls to me
To be where little cable cars climb halfway to the stars
The morning fog may chill the air, I don't care
My love waits there in San Francisco
Above the blue and windy sea
When I come home to you, San Francisco
Your golden sun will shine for me

Meu Coração Ficou Em São Francisco

De certa forma, os encantos de Paris
Parecem tristemente divertidos
A glória de Roma
Já está ultrapassada
Fiquei terrivelmente só e esquecido em Manhattan
Estou indo para casa, para minha cidade à beira da baia.
Meu coração ficou em São Francisco
Que chama por mim do alto de uma colina
Onde os bondinhos
Sobem até a metade do caminho para as estrelas
A névoa da manhã pode ser fria
Mas eu não ligo!
Meu amor me espera em São Francisco
Acima do mar azul e de sua brisa
Quando eu chegar, São Francisco
Seu sol dourado brilhará pra mim.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

477 - Charles Aznavour: Que c'est triste Venice

Hoje na quarta postagem da série cidades, Veneza se mostra triste quando os amores morreram...

Charles Aznavour: Que c'est triste Venice


Que c'est triste Venise
Au temps des amours mortes
Que c'est triste Venise
Quand on ne s'aime plus
On cherche encore des mots
Mais l'ennui les emporte
On voudrais bien pleurer
Mais on ne le peut plus
Que c'est triste Venise
Lorsque les barcarolles
Ne viennent souligner
Que des silences creux
Et que le cœur se serre
En voyant les gondoles
Abriter le bonheur
Des couples amoureux
Que c'est triste Venise
Au temps des amours mortes
Que c'est triste Venise
Quand on ne s'aime plus
Les musées, les églises
Ouvrent en vain leurs portes
Inutile beauté
Devant nos yeux déçus
Que c'est triste Venise
Le soir sur la lagune
Quand on cherche une main
Que l'on ne vous tend pas
Et que l'on ironise
Devant le clair de lune
Pour tenter d'oublier
Ce qu'on ne se dit pas
Adieu tout les pigeons
Qui nous ont fait escorte
Adieu Pont des Soupirs
Adieu rêves perdus
C'est trop triste Venise
Au temps des amours mortes
C'est trop triste Venise
Quand on ne s'aime plus

Como é triste Veneza 


Como é triste Veneza
Nos tempos de amores mortos
Como é triste Veneza
Quando não se ama mais
Procuram-se ainda as palavras
Mas o tédio as vence
Deseja-se chorar mais
Mas não se pode mais


Como é triste Veneza
Quando os Barcarolles
Não vêm encantar
Senão os silêncios ocos
E que o coração se aperta
Vendo as gôndolas
Despertar a felicidade
Dos casais apaixonados


Como é triste Veneza
Nos tempos de amores mortos
Como é triste Veneza
Quando não se ama mais
Os museus, as igrejas
Abrem em vão suas portas
Beleza inútil
Diante de nossos olhos decepcionados


Como é triste Veneza
A tarde na lagoa
Quando se procura uma mão
Que não lhe vão estender
E que a ironizam
Diante da claridade do luar
Para tentar esquecer
Aquilo que não se diz


Adeus a todos os pombos
Que nos fizeram escolta
Adeus à Ponte dos Suspiros
Adeus aos sonhos perdidos
É uma Veneza muito triste
Nos tempos de amores mortos
É uma Veneza muito triste
Quando não se ama mais

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

476 - Tom Jobim: Samba do avião

Na terceira postagem inspirada nas cidades, Tom Jobim canta as saudades do Rio de Janeiro...


Paul Claudel (1868 - 1955)
O Rio de Janeiro é a única grande cidade das que conheço que não conseguiu expulsar a natureza. 

Tom Jobim: Samba do avião

Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito prá mim
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Rio de sol, de céu, de mar
Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão
Copacabana, Copacabana
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Aperte o cinto, vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nós
Pousar...

terça-feira, 2 de setembro de 2014

475 - Adriana Falcão: Solidão; Carlos Gardel: Mi Buenos Aires querido

Hoje a segunda música da série cidades...

Adriana Falcão
Solidão é uma ilha com saudade de barco.

Carlos Gardel: Mi Buenos Aires querido


Mi Buenos Aires querido,
cuando yo te vuelva a ver,
no habrá más penas ni olvido.
El farolito de la calle en que nací
fue el centinela de mis promesas de amor,
bajo su inquieta lucecita yo la vi
a mi pebeta luminosa como un sol.
Hoy que la suerte quiere que te vuelva a ver,
ciudad porteña de mi único querer,
oigo la queja de un bandoneón,
dentro del pecho pide rienda el corazón.
Mi Buenos Aires, tierra florida
donde mi vida terminaré.
Bajo tu amparo no hay desengaño
vuelan los años, se olvida el dolor.
En caravana los recuerdos pasan
como una estela dulce de emoción,
quiero que sepas que al evocarte
se van las penas del corazón.
Las ventanitas de mis calles de Arrabal,
donde sonríe una muchachita en flor;
quiero de nuevo yo volver a contemplar
aquellos ojos que acarician al mirar.
En la cortada más maleva una canción,
dice su ruego de coraje y de pasión;
una promesa y un suspirar
borró una lágrima de pena aquel cantar.
Mi Buenos Aires querido....
cuando yo te vuelva a ver...
no habrá más penas ni olvido...
Meu Buenos Aires Querido 
Meu Buenos Aires querido
Quando eu ver você de novo
Não haverá mais tristeza ou esquecimento


A lanterna da rua onde nasci
Foi a sentinela de minhas promessas de amor
Sob a sua luz inquieta pouco que vi
Meu amor brilhante como o sol


Sorte de hoje quer vê-lo novamente
Porto da cidade de meu único amor
Eu ouço o lamento de um bandoleiro
Dentro rédea pede coração no peito


Meu Buenos Aires, terra florida
Onde minha vida vai acabar


Sob sua proteção há desilusão
Anos voam, você esquece a dor


Em caravana memórias ir
Doce como um rastro de emoção
Eu quero que você saiba que quando eu chamo
que tristeza do coração


As janelas do meu ruas de Arrabal
Onde uma jovem sorrisos em flor
Volto a querer olhar para trás
Para os olhos que vêem


No corte mais beco, uma canção
Diz que a sua oração de coragem e paixão
Uma promessa e um suspiro
Eu apaguei uma lágrima de tristeza, que cantam


Meu Buenos Aires querido
Quando eu ver você de novo
Não haverá mais tristeza ou esquecimento

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

474 - Walt Whitman: E sei que sou imorta; Frank Sinatra: New York, New York

Lembrei de algumas cidades... que vi ou não... essa semana vou lembrar de algumas delas... começando com Sinatra, na "Capital do mundo": New York, New York...

Walt Whitman

E sei que sou imortal,
sei que minha órbita não pode ser medida pelo compasso do carpinteiro,
Sei que não apagarei como espirais de luz que crianças fazem à noite com graveto aceso.

Sei que sou sublime,
Não torturo meu espírito para que se justifique ou seja compreendido,
Vejo que as leis elementares nunca se desculpam,
Percebo que não ajo com orgulho mas elevado que o nível onde planto minha casa, afinal.

Existo como sou, isso me basta,
se ninguém mais no mundo está ciente, fico contente,
e se cada um e todos estão cientes, fico contente.

Meu pedestal é encaixado e entalhado em granito.
Dou risada do que você chama de decomposição,
sei da amplidão do tempo.

Sou poeta do corpo,
e sou o poeta da alma...



Start spreading the news
I'm leaving today
I want to be a part of it
New York, New York
These vagabond shoes
Are longing to stray
Right through the very heart of it
New York, New York
I wanna wake up in that city
That doesn't sleep
And find I'm king of the hill
Top of the heap
These little town blues
Are melting away
I'll make a brand new start of it
In old New York
If I can make it there
I'll make it anywhere
It's up to you
New York, New York
New York, New York
I want to wake up
In that city that never sleeps
And find I'm a number one, top of the list
King of the hill
A number one
These little town blues
Are melting away
I'm gonna make a brand new start of it
In old New York
And
If I can make it there
I'm gonna make it anywhere
It's up to you
New York, New York, New York

Nova Iorque, Nova Iorque 

Comece a espalhar a notícia
Estou partindo hoje
Eu quero ser parte dela
Nova Iorque, Nova Iorque

Estes sapatos de vagabundo
Estão desejando passear
Exatamente através do coração autêntico dela
Nova Iorque, Nova Iorque

Eu quero acordar na cidade
Que nunca dorme
E descobrir que sou o rei do pedaço
O maioral

Estes blues de pequenas cidades do interior
Estão longe do enternecimento
Eu farei um novo recomeço nela
Na velha Nova Iorque

Se eu conseguir lá
Eu farei em qualquer parte
Só depende de você
Nova Iorque, Nova Iorque

Nova Iorque, Nova Iorque
Eu quero acordar na cidade
Que nunca dorme
E descobrir que sou o número um
No topo da lista
Rei do pedaço
O número um

Estes blues de pequenas cidades do interior
(Todos) estão longe do enternecimento

Eu vou fazer
Um novo recomeço nela
Na velha Nova Iorque

Se eu conseguir lá
Eu vou fazê-lo em qualquer parte
Só depende de você
Nova Iorque
Nova Iorque!
Nova Iorque!