Pesquisar este blog

sábado, 26 de outubro de 2013

247 - Lorca: Verlaine; Madredeus e Beatriz Nunes: Ao longe o mar

Lorca: Verlaine 

A canção, 
que nunca direi, 
adormeceu em meus lábios. 
A canção
que nunca direi. 

Entre as madressilvas
havia um vaga-lume, 
e a lua feria
com um raio a água. 

Então eu sonhei
com a canção 
que nunca direi. 

Canção cheia de lábios
e de álveos distantes. 

Canção cheia de horas
perdidas na sombra. 

Canção de estrela viva
sobre um perpétuo dia. 

Madredeus e Beatriz Nunes: Ao longe o mar

Porto calmo de abrigo
De um futuro maior
Inda não está perdido
No presente temor
Não faz muito sentido
Já não esperar o melhor
Vem da névoa saindo
A promessa anterior
Quando avistei
Ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar
Sim, eu canto a vontade
Canto o teu despertar
E abraçando a saudade
Canto o tempo a passar
Quando avistei
Ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar

Quando avistei
Ao longe o mar
Sem querer deixei-me
Ali ficar

Nenhum comentário:

Postar um comentário