Poesia
Fernando
Pessoa, em Natal, discorre sobre a Verdade, a Ciência e a Fé. Quantas vezes
vemos brigas entre a Ciência e a Fé... inúteis visto que não são campos
opostos, mas complementares. Como apontava Stephen Jay Gould, são “Ministérios
não interferentes”: respondem a perguntas diferentes. O melhor posicionamento a
esse respeito ainda é, para mim, o de Galileu Galilei, que dizia “Deixem que eu
mostre como é o céu e que a Igreja mostre como se chega até ele”...
Natal
Nasce um Deus. Outros morrem. A Verdade
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.
Cega, a Ciência a inútil gleba lavra.
Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.
Um novo Deus é só uma palavra.
Não procures nem creias: tudo é oculto.
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.
Cega, a Ciência a inútil gleba lavra.
Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.
Um novo Deus é só uma palavra.
Não procures nem creias: tudo é oculto.
Música
Para acompanhar, a beleza em forma de música.
Ouça a música no link abaixo:
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