Monte Castelo, de Renato Russo... uma linda
reunião de poesias próprias, Camões e Coríntios 13, 1-13. Só uma imensa
sensibilidade para juntar isso e fazer uma música tão bonita. “É só o amor que
conhece o que é verdade.” Como conhecer essa verdade? Só juntando mais um
autor, Saint Exupery: “Só se vê bem com o coração: o essencial é invisível para
os olhos.”
Luis de Camões
Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Legião Urbana – Monte Castelo
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Legião Urbana – Monte Castelo
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É só o
amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor
é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda
que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
É um
não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um
estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou
acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o
amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
Que conhece o que é verdade.
Ainda
que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
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