Frederico Garcia Lorca – Desejo
Só o teu coração quente
e nada mais.
Meu paraíso um campo
sem rouxinol nem liras,
com um rio discreto
e uma fontezinha.
Sem a espora do vento
por sobre a copa,
nem a estrela que quer
ser folha.
Uma enorme luz
que fosse
vaga-lume
de outra,
em um campo de
olhares partidos.
Um repouso claro
e ali nossos beijos,
lunares sonoros
do eco,
se abririam mui longe.
E teu coração quente,
nada mais.
e nada mais.
Meu paraíso um campo
sem rouxinol nem liras,
com um rio discreto
e uma fontezinha.
Sem a espora do vento
por sobre a copa,
nem a estrela que quer
ser folha.
Uma enorme luz
que fosse
vaga-lume
de outra,
em um campo de
olhares partidos.
Um repouso claro
e ali nossos beijos,
lunares sonoros
do eco,
se abririam mui longe.
E teu coração quente,
nada mais.
Porque foste na vida a
última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu, sem eu saber sequer
Porque és o meu homem, e eu tua mulher
Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu, sem eu saber sequer
Porque és o meu homem, e eu tua mulher
Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser
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