Drummond fala de um amor que aparece como um fantasma... “O desejo perdura em ti que já não és,querida ausente, a perseguir-me, suave? ... Amado ser destruído, por que voltas e és tão real assim tão ilusório?” É real e é ilusório porque assim são os grandes amores... reais no coração, ilusórios na mente. Pensa-se o que se quer, e nem sempre isso é a realidade. Amores são estranhos, como canta Renato Russo: “Me desculpe tenho que ir embora desta vez eu prometi a mim: eu quero um amor verdadeiro sem você...” Pura mentira. Queremos nada. Quero o amor verdadeiro, e é com você mesma... só nos afastamos quando não conseguimos, e não porque queremos. E por que não se consegue quando se gosta? Será que precisamos mesmo nos afastar ou esse amor é só um “amor estranho, que faz crescer e sorrir”?
Drummond - Aparição amorosa
Doce fantasma, por que me visitas
como em outros tempos nossos corpos se visitavam?
Tua transparência roça-me a pele, convida
a refazermos carícias impraticáveis: ninguém nunca
um beijo recebeu de rosto consumido.
como em outros tempos nossos corpos se visitavam?
Tua transparência roça-me a pele, convida
a refazermos carícias impraticáveis: ninguém nunca
um beijo recebeu de rosto consumido.
Mas insistes, doçura. Ouço-te a voz,
mesma voz, mesmo timbre,
mesmas leves sílabas,
e aquele mesmo longo arquejo
em que te esvaías de prazer,
e nosso final descanso de camurça.
mesma voz, mesmo timbre,
mesmas leves sílabas,
e aquele mesmo longo arquejo
em que te esvaías de prazer,
e nosso final descanso de camurça.
Então, convicto,
ouço teu nome, única parte de ti que não se dissolve
e continua existindo, puro som.
Aperto... o quê? a massa de ar em que te converteste
e beijo, beijo intensamente o nada.
Amado ser destruído, por que voltas
e és tão real assim tão ilusório?
Já nem distingo mais se és sombra
ou sombra sempre foste, e nossa história
invenção de livro soletrado
sob pestanas sonolentas.
Terei um dia conhecido
teu vero corpo como hoje o sei
de enlaçar o vapor como se enlaça
uma idéia platônica no espaço?
ouço teu nome, única parte de ti que não se dissolve
e continua existindo, puro som.
Aperto... o quê? a massa de ar em que te converteste
e beijo, beijo intensamente o nada.
Amado ser destruído, por que voltas
e és tão real assim tão ilusório?
Já nem distingo mais se és sombra
ou sombra sempre foste, e nossa história
invenção de livro soletrado
sob pestanas sonolentas.
Terei um dia conhecido
teu vero corpo como hoje o sei
de enlaçar o vapor como se enlaça
uma idéia platônica no espaço?
O desejo perdura em ti que já não és,
querida ausente, a perseguir-me, suave?
Nunca pensei que os mortos
o mesmo ardor tivessem de outros dias
e no-lo transmitissem com chupadas
de fogo aceso e gelo matizados.
querida ausente, a perseguir-me, suave?
Nunca pensei que os mortos
o mesmo ardor tivessem de outros dias
e no-lo transmitissem com chupadas
de fogo aceso e gelo matizados.
Tua visita ardente me consola.
Tua visita ardente me desola.
Tua visita, apenas uma esmola.
Tua visita ardente me desola.
Tua visita, apenas uma esmola.
Strani Amori
Mi dispiace devo andare via
Ma sapevo che era una bugia
Quanto tempo perso dietro a lui
Che promette e poi non cambia mai
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi
E lo aspetti ad un telefono
Litigando che sia libero
con il cuore nello stomaco
Un gomitolo nell'angolo
Lì da sola, dentro un brivido
Ma perché lui non c'è
E sono strani amori che
Fanno crescere e sorridere
Fra le lacrime
Quante pagine lì da scrivere
Sogni e lividi da dividere
Sono amori che spesso a questa età
Si confondono dentro a quest'anima
Che si interroga senza decidere
Se è un amore che fa per noi
E quante notti perse a piangere
Rileggendo quelle lettere
Che non riesci più a buttare via
Dal labirinto della nostalgia
Grandi amori che finiscono
Ma perché restano nel cuore
Strani amori che vanno e vengono
Nei pensieri che lì nascondono
Storie vere che ci appartengono
Ma si lasciano come noi
Strani amori fragili
Prigionieri, liberi
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi
Strani amori fragili
Prigionieri, liberi
Strani amori che non sanno vivere
E si perdono dentro noi
Mi dispiace devo andare via
Questa volta l'ho promesso a me
Perché ho voglia di un amore vero
Senza te
Amores Estranhos
Sinto muito tenho que ir embora
Mas eu sabia que era uma mentira
Quanto tempo perdido atrás dele
Que promete mas nunca muda
Amores estranhos põe em problemas
Mas na realidade, somos nós
E você o espera num telefonema
Brigando para que esteja livre
Com o coração no estômago
Encolhido no canto
Sozinha ali, dentro um calafrio
Mas por que ele não está
E são amores estranhos que
Fazem crescer e sorrir
Entre as lágrimas
Quanta páginas a serem escritas,
Sonhos e marcas a serem divididas
São amores que freqüentemente nesta idade
Se confundem dentro dessa alma
Que se questiona sem decidir
Se é um amor que serve para nós
E quanta noites perdidas chorando
Relendo aquelas cartas
Que não consegues mais jogar fora
Do labirinto da saudade
Grandes amores que acabam
Mas por que permanecem no coração
Estranhos amores que vão e vêm
Nos pensamentos que o escondem
Verdadeiras histórias que nos pertencem
Mas se deixam como nós
Amores estranhos amores frágeis
Prisioneiros, livres
Amores estranhos põe em problemas
Mas em realidade, somos nós
Amores estranhos frágeis
Prisioneiros, livres......
Amores estranhos que não sabem viver
E se perdem dentro de nós
Me desculpe tenho que ir embora
Desta vez eu prometi a mim
Porque eu quero um amor verdadeiro
Sem você
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