Lorca leva “o Não que me destes na palma da mão”... também
tendo um não, Paulinho da Viola chama o coração da amada de coração leviano...
mas talvez nem tenha sido leviano... pode ser que apenas não tenha batido no
mesmo ritmo que o de quem o amou... Quem sabe o coração que vai bater nesse ritmo está onde menos se espera...
Lorca –
Morreu ao amanhecer
NOITE de quatro luas
e uma só árvore,
com uma sombra
só e um só pássaro.
Busco em minha carne
as marcas de teus lábios.
O manancial beija o vento
sem tocá-lo.
Levo o Não que me destes
na palma da mão,
Como um limão de cera
quase branco.
Noite de quatro luas
e uma só árvore.
Na ponta de uma agulha
está o meu amor girando!
Trama em segredo teus planos
Parte sem dizer adeus
Nem lembra dos meus desenganos
Fere quem tudo perdeu
Parte sem dizer adeus
Nem lembra dos meus desenganos
Fere quem tudo perdeu
Ah coração leviano não sabe o
que fez do meu
Ah coração leviano não sabe o que fez do meu (mas trama)
Ah coração leviano não sabe o que fez do meu (mas trama)
Este pobre navegante meu coração amante
Enfrentou a tempestade
No mar da paixão e da loucura
Fruto da minha aventura
Em busca da felicidade
No mar da paixão e da loucura
Fruto da minha aventura
Em busca da felicidade
Ah coração teu engano foi esperar por um bem
De um coração leviano que nunca será de ninguém
De um coração leviano que nunca será de ninguém
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