Pessoa fala da criança que foi chorando, e Carmen Monarcha, numa interpretação primorosa de O mio babbino caro, com a orquestra de André Rieu, chora ao pai...
Fernando Pessoa
A criança que fui chora na
estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.
Veja o vídeo no link abaixo:
Carmen Monarcha e Andre Rieu – O mio babbino caro
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.
Veja o vídeo no link abaixo:
Carmen Monarcha e Andre Rieu – O mio babbino caro
O mio babbino caro,
mi piace è bello, bello;
vo'andare in Porta Rossa
a comparar l'anello!
Sì, sì, ci voglio andare!
e se l'amassi indarno,
andrei sul Ponte Vecchio,
ma per buttarmi in Arno!
Mi struggo e mi tormento!
O Dio, vorrei morir!
Babbo, pietà, pietà!
Babbo, pietà, pietà!
O Meu Pai Querido
Oh meu paizinho querido
Eu amo-o, ele é tão belo
Quero ir até Porta Rossa
Para comprar o anel
Sim, sim, eu quero
E se o meu amor fosse em vão
Eu iria até Ponte Vecchio
E me atiraria ao rio Arno
Eu choro e sofro tormentas
Oh Deus, preferia morrer
Paizinho, tende piedade, tende piedade
Paizinho, tende piedade, tende piedade
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