Para ler Neruda falando de tua mão, Bocelli interpretando Rodrigo, no Concerto de Aranjuez.
Pablo Neruda
TUA MÃO foi voando de meus olhos ao
dia.
Entrou a luz como uma roseira aberta.
Areia e céu palpitavam como uma
culminante colmeia cortada nas
turquesas.
Tua mão tocou sílabas que tilintavam,
taças,
almotolias com azeites amarelos,
corolas, mananciais e, sobretudo, amor,
amor: tua mão pura preservou as
colheres.
A tarde foi. A noite deslizou sigilosa
sobre o sonho do homem sua cápsula
celeste.
Um triste olor selvagem soltou a
madressilva.
E tua mão voltou de seu vôo voando
a fechar sua plumagem que eu julguei
perdida
sobre meus olhos devorados pela sombra.
Ouça a música no link abaixo:
En Aranjuez Con Tu Amor
Aranjuez,
Un lugar de ensueños y de amor
Donde un rumor de fuentes de cristal
En el jardín parece hablar
En voz baja a las rosas
Aranjuez,
Hoy las hojas secas sin color
Que barre el viento
Son recuerdos del romance que una vez
Juntos empezamos tu y yo
Y sin razón olvidamos
Quizá ese amor escondido esté
En un atardecer
En la brisa o en la flor
Esperando tu regreso
Aranjuez,
Hoy las hojas secas sin color
Que barre el viento
Son recuerdos del romance que una vez
Juntos empezamos tu y yo
Y sin razón olvidamos
En Aranjuez, amor
Tu y yo
En Aranjuez Con Tu Amor (Tradução)
Aranjuéz…
Um lugar de sonhos e de amor
Onde o ruído de fontes de cristal no jardim
Parece falar
em voz baixa às rosas
Aranjuéz,
Hoje, as folhas secas e sem cor
atrapalhando o vento
São lembranças do romance, que uma vez,
Juntos, eu e você cometamos
E, sem motivo, esquecemos
Quem sabe esse amor ainda está escondido,
em um entardecer, numa brisa ou numa flor
Esperando que você volte…
Aranjuéz…
Hoje, as folhas secas e sem cor
impedindo o vento de soprar
São lembranças do romance que, uma vez,
Juntos, eu e você cometamos
E sem motivo, esquecemos
Em Aranjuéz, meu amor
Você e eu
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