Fernando
Pessoa
Ouço sem
ver, e assim, entre o arvoredo,
Vejo ninfas
e faunos entremear
As árvores
que fazem sombra ou medo
E os ramos
que sussurram de eu olhar.
Mas que foi
que passou? Ninguém o sabe.
Desperto, e
ouço bater o coração —
Aquele
coração em que não cabe
O que fica
da perda da ilusão.
Eu quem sou,
que não sou meu coração?
Eu gostava de olhar
para ti
E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite,
Me guia de dia
E seduz.
Eu gostava de ser como tu
Não ter asas e poder voar
Ter o céu como fundo
Ir ao fim do mundo e voltar
E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite,
Me guia de dia
E seduz.
Eu gostava de ser como tu
Não ter asas e poder voar
Ter o céu como fundo
Ir ao fim do mundo e voltar
Eu não sei o que me
aconteceu
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Eu gostava que
olhasses para mim
E sentisses que sou o teu mar
Mergulhasses sem medo
Olhar em segredo
Só pra eu... te abraçar
E sentisses que sou o teu mar
Mergulhasses sem medo
Olhar em segredo
Só pra eu... te abraçar
Eu não sei o que me
aconteceu
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...
O primeiro impulso
É sempre o mais justo
É mais verdadeiro
E o primeiro susto
Dá voltas e voltas
Na volta redonda
De um beijo profundo
É sempre o mais justo
É mais verdadeiro
E o primeiro susto
Dá voltas e voltas
Na volta redonda
De um beijo profundo
Eu...
Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Eu não sei o que me
aconteceu
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Como tu...
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Como tu...
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