Drummond
A GRANDE DOR DAS COUSAS QUE PASSARAM
A grande dor das cousas que
passaram
transmutou-se em finíssimo
prazer
quando, entre fotos mil que se
esgarçavam,
tive a fortuna e graça de te
ver.
Os beijos e amavios que se
amavam,
descuidados de teu e meu
querer,
outra vez reflorindo,
esvoaçaram
em orvalhada luz de amanhecer.
Ó bendito passado que era
atroz,
e gozoso hoje terno se
apresenta
e faz vibrar de novo minha voz
para exaltar o redivivo amor
que de memória-imagem se
alimenta
e em doçura converte o próprio
horror!
Quando você foi
embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Solto a voz nas
estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu canto, vou querer me matar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu canto, vou querer me matar
Vou seguindo pela
vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas
estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu canto, vou querer me matar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu canto, vou querer me matar
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